sábado, 29 de janeiro de 2011

SCARS

No fundo, no fundo tudo depende de mim. Preciso me perdoar para parar de me sabotar.
Teoria simples, frase simples. Colocar em prática é que são elas...
Preciso me despir de todos os rótulos; os que eu criei e os que criaram e eu aceitei.
Existe uma certa rebeldia nisso, me debater, fincar o pé no que acredito e seguir.
Peraí que pulei uma fase: preciso saber em que acredito de verdade. Separar tudo o que for influência externa, passar na peneira e me definir. Não que isso seja imutável, a capacidade de adaptação ainda é meu maior trunfo.
O que vale agora é um mergulho onde eu jamais tive coragem de ir. Sempre soube que um dia teria que ir fundo, retirar os entulhos, limpar a bagunça. Bagunça interna que reflete radicalmente na minha vida.
Tudo que me incomoda, vou enfiando nas gavetas, escondendo, maquiando a realidade. Não analiso, só guardo pra ver se esqueço. Resultado: entulho na minha vida, entulho na minha alma.
Ontem me dei conta de que quando sou eu mesma, e não a moça do entulho, quando faço o que realmente quero e gosto, posso desfrutar de momentos de felicidade.
E saber que eu posso, sozinha, proporcionar isso... ah não tem preço.
Foi um longo caminho até aqui, foram muitas fantasias, muito medo, muita dor, tudo desnecessário. Isso a vida se encarrega de dar pra mim. Eu não preciso me sacrificar pelo que eu considero meus pecados. A vida faz isso.
Minha única responsabilidade é me cuidar, e só aprendi isso agora, quando minha alma já tem cicatrizes demais.

Um comentário:

Jônatas disse...

Legal o texto Mari...bem reflexivo...Lembre-se a alma do humano assim como o diamante é arranhada(lapidada) até que seja alcançado seu estado final precioso. É horrível termos que conviver com esse "Baile de Máscaras", aonde não sabemos quem é quem, aonde somos julgados pelo que fazemos e não pelo que somos. Mas assim como todo baile, há aqueles que são conduzidos e os que conduzem....Bjões!!!