segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

DESESPERO

Alguém ai me ajuda porque não tô mais aguentando sentir tanta tristeza. Acordei sem conseguir respirar, com o peito apertado, o estômago revirado. É ela a ansiedade chegando.
Quando as sensações deixam de habitar apenas a minha alma e começam a tomar conta do meu corpo parece que vou enlouquecer de vez! São tão poucos momentos de calmaria que estou ficando enjoada, com a vista embaçada e uma vontade de correr para algum lugar!
Não é apenas um fato isolado, é tudo junto acontecendo de uma só vez!
E dessa vez tá complicado, tá difícil de continuar, mas sou covarde para desistir.
Preciso de ajuda, preciso de alguma coisa pra estabilizar, preciso mesmo e mais do que nunca. Desespero é a palavra que me define.
Não tenho para onde correr, não tenho o que fazer mais e hoje acho que ninguém pode me ajudar.
Sem senso de humor, sem otimismo, sem conseguir reação.
Sem mais

sábado, 29 de janeiro de 2011

SCARS

No fundo, no fundo tudo depende de mim. Preciso me perdoar para parar de me sabotar.
Teoria simples, frase simples. Colocar em prática é que são elas...
Preciso me despir de todos os rótulos; os que eu criei e os que criaram e eu aceitei.
Existe uma certa rebeldia nisso, me debater, fincar o pé no que acredito e seguir.
Peraí que pulei uma fase: preciso saber em que acredito de verdade. Separar tudo o que for influência externa, passar na peneira e me definir. Não que isso seja imutável, a capacidade de adaptação ainda é meu maior trunfo.
O que vale agora é um mergulho onde eu jamais tive coragem de ir. Sempre soube que um dia teria que ir fundo, retirar os entulhos, limpar a bagunça. Bagunça interna que reflete radicalmente na minha vida.
Tudo que me incomoda, vou enfiando nas gavetas, escondendo, maquiando a realidade. Não analiso, só guardo pra ver se esqueço. Resultado: entulho na minha vida, entulho na minha alma.
Ontem me dei conta de que quando sou eu mesma, e não a moça do entulho, quando faço o que realmente quero e gosto, posso desfrutar de momentos de felicidade.
E saber que eu posso, sozinha, proporcionar isso... ah não tem preço.
Foi um longo caminho até aqui, foram muitas fantasias, muito medo, muita dor, tudo desnecessário. Isso a vida se encarrega de dar pra mim. Eu não preciso me sacrificar pelo que eu considero meus pecados. A vida faz isso.
Minha única responsabilidade é me cuidar, e só aprendi isso agora, quando minha alma já tem cicatrizes demais.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

CONTABILIZANDO A VIDA

Nos últimos dez anos conto: uma faculdade, uma família reconquistada, alguns legumes e frutas que aprendi a comer, duas tentativas de parar de fumar, duas voltas, uma rehab, uma dezena de empregos dos mais variados tipos, um casamento, uma separação, uma reconciliação, alguns corações partidos, o meu coração partido algumas vezes, dois gatos: um vivo, um morto, uma tatuagem, meia dúzia de tentativas de fazer academia, uma centena de promessas para parar com a Coca-Cola, um livro que não consigo finalizar, várias dívidas, nenhum cartão de crédito, nenhuma conta em banco, uma pneumonia, um canal, duas viagens de avião, dois estados conhecidos, umas cinco mudanças de endereço, uns vinte amigos novos e queridos, alguns inimigos (que não conto), duas cores de cabelo, uma franja, quatro pares de All Stars, um lap top, duas contas de email, três ou quatro shows incríveis,centenas de bandas novas que conheci, meio apartamento, nenhum carro, dois grandes projetos de vida e milhares de sonhos.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

PESADA

Eu não sei realmente o que eu quero. Continuo como o ratinho que corre na rodinha sem parar e sem chega a lugar algum. Estou cansada, quero paz, quero que meu coração desacelere.
Estou sem rumo, sem norte, sem parada e não sei o que fazer para sair disso.
Preciso de medicação, preciso de colo, preciso de apoio, não consigo mais sozinha não. Vou ficar louca, eu sei que vou.
Estou ilhada aqui no meu mundinho e ele me engole cada dia um pouco mais. Em menos de 24 horas mudei de idéia uma centena de vezes.
Nada me fortalece, nada consegue me mover. Parece que pesso uma tonelada e acho que deve ser isso mesmo, minha alma abarrotada de tristeza não consegue se mover.
Desapegar, desapegar... Deixar ir, deixar levar.
Talvez se eu conseguisse me soltar dessas amarras a vida ficaria mais leve.
Tá difícil de me carregar...

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

SEM LUGAR

Ter consciência da finitude me fez adulta. Mas nem por isso gosto do fim, pois ainda tenho dentro de mim uma coisa infantil e sonhadora de que existe o para sempre.
Essa faceta me incomoda hoje, porque o mundo ao meu redor está dizendo o contrário e cá estou eu envolta em fantasias.
Hoje me sinto angustiada, sufocada e sei que não consigo ainda vomitar tudo aqui, não sou 100% eu, não consigo me expor aqui e para dizer a verdade não consigo me olhar de frente, não consigo me encarar e perceber qual é de verdade o meu problema. Sei que estou sem grana, sem trampo e sem estima, sei que não sou amada como deveria ser, sei que tenho limitações extremas para os meus planos, mas sei também que isso tudo existe porque tenho um problema maior. Deve haver na minha alma alguma ferida purulenta, enorme e exposta que alcance todo o meu ser. Do contrário porque me sinto assim?
Não me encaixo, sobro, falto, tenho medo demais, coragem demais e nenhuma vontade do futuro.

domingo, 16 de janeiro de 2011

MINI

Preocupada com o Zé. Preocpada com meus irmãos. Colocar a cabecinha no lugar e volto, já, já.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

SEGUIDORES + GRANA = FELIZ

Olha tenho que admitir que algumas vezes a vida sorri pra mim. Tava aqui toda mimimi, sem grana, sem trampo e chega uma correspondência dizendo que eu tenho um dinheiro do meu FGTS pra receber!!! Oi! Tenho DINHEIRO pra receber, puta merda, tem umas 3 horas que estou sorrindo. LOVE FGTS
Depois disso, abro o blog e vejo que ganhei mais um seguidor, são 11 agora sabe? 11 pessoas que perdem seus minutos lendo o que escrevo. Mais algumas horas com o sorriso no rosto.
Sei que estou no caminho certo e me comprometi hoje a sentar a bunda e escrever o livro. TODOS OS DIAS!!!
Depois de algumas semanas no buraco, consegui tirar mais da metade do corpo pra fora.
Yey!!!

THE OFFICE

Mimimimi, estou sem trampo desde novembro. Isso é uma merda, ok? Ok. Ficar em casa, a grana fica curta, colocar o lado amélia pra viver, enfim.
Mas desde que saí de lá pensei muito sobre o que quero de verdade e se realmente aquilo era "a grande chance", porque de verdade eu me sentia quase todos os dias em um episódio do "The Office", juro!
O ponto alto foi a demissão, era aquilo, estava em uma maldita série de TV, as pessoas empossadas de seus cargos (cof, cof), muito sérias, que seja. Passei tempo suficiente para perceber que as coisas jamais iriam progredir, o que era dito nas reuniões nunca era colocado em prática, sempre a velha fórmula, sempre as velhas pessoas e acima de tudo, sempre a velha maneira de cuidar da vida alheia.
Se eu faria melhor? Não sei, faria diferente. E no fundo, aquele lugar estava me matando por ir contra tudo que acredito.
Que nunca assistiu à essa série, deveria perder algumas horinhas, acredito que muitas pessoas iriam se identificar em seus empregos.
Continuo cansada de ficar em casa, a grana continua curta, mas não participo do teatrinho do "The Office" mais.
Algo melhor me aguarda.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

CÍNICA

Porque nego agora que eu tô toda sensível e hormonal deu pra fazer a vibe: workaholic, insensível e ai sei lá mais o que. O que eu sei é que eu tô bem de saco cheio de me sentir diferente e incompreendida por neguinho que antes achava lindo até o meu arroto.
Sei que tenho um senso de humor meio ácido, as vezes um humorzinho negro e que sim sou um ser humano cínico, yes, I am.
Mas eu gosto disso, eu me divirto com isso, eu sou feliz com isso. Meus amigos gostam disso, eles se matam de rir com isso.
Então qual o problema com isso, man????
Como pode um ser humano se transformar de objeto de desejo para objeto de despejo.
Decidi que farei uma faxina na minha vida, tô esperando falar com Freud, porque eu ainda não tô precisando ser medicada, mas uma terapiazinha cai bem.

MOMENTO JANE FONDA

Momento futilidade... Sempre fui magra, alta e magra, isso não quer dizer que sempre gostei do meu corpo. Ser alta na adolescência não é lá uma dádiva, ser magra demais também não. Com o tempo fui ficando mais relaxada e comecei a curtir meu corpo, nada de mais, estava ok. Podia me acabar no chocolate, coca-cola e doritos que o ponteiro da balança nunca subia. Parei de fumar, ganhei uns quilinhos que precisava nesse nosso mundo de mulheres frutas...
Mas aqui, 31 anos e a constatação de que meio que fudeu, sabe? Corpinho aqui ainda cabe na calça 38, mas como disse meu sensível Ogro: "precisa tonificar". O que é mais que a verdade, precisa tonificar pra caralho, precisa tapar a quantidade sem fim de celulites, porque tipos parece que sentei na brita, saca?
A genética tá aqui dando uma força, mas a força da gravidade também tá aqui, mas falando em forças... E a força de vontade?
Putz, nenhuma!!!
A academia me faz ter arrepios, odeio aqueles barulhos dos pesos, a música, as roupas e sobretudo as pessoas que chamam macarrão de carboidratos, picanha de proteína e Alpino de açúcar. Esse tipo de coisa coloca a comida em uma categoria menor. Como assim chamar um macarrão com molho de tomate e queijo parmesão de CARBOIDRATO??? Não, não.
Sou fumante, logo correr não é uma opção.Andar de bike, apenas em terrenos planos e devagar, que por deus não quero rachar minha cara no asfalto.
Yoga é ok, mas demora pra ter um resultado néam???
Só de escrever sobre isso, já tenho sono, lesada para isso e o que eu vou fazer com essas coxas metralhadas gente!!!
Acho que vou ficar quieta que essa vontade de malhar, já, já passa...

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

POSSO PERGUNTAR???

A melancolia está de saída e um pouco da minha inspiração também. Começo a ficar mais animada e não consigo alinhar minhas idéias quando estou assim.
Afinal estou me sentindo um pouco feliz.
Felicidade é a minha droga preferida, quando estou sob efeito dela fico sem cigarros, coca-cola ou chocolate.
Um vício complicado esse, e que fica mais perigoso porque ainda permito que algumas pessoas acabem com esse sentimento tão fácil quanto estouram uma bexiga.
Frágil ainda, estou me esforçando para cumprir as metas que escolhi e que acredito serem essenciais para meu crescimento. Quero parar de patinar, de "curtir" o limbo e passar de fase.
De fase no trabalho, de fase na minha vida afetiva e de fase com meus sentimentos.
Isso é dar um passo, o restante é apenas andar na rodinha como um ramster maldito!
Essa é a porra da constatação!!! Fico correndo, correndo e rodando, rodando, ACHANDO que uau, uau, estou progredindo. Mas vejam só, NÃO É ISSO!
Meus comportamentos acabam sendo sempre iguais, reativa, rancorosa, medrosa, idem, idem,idem.
Três anos com a querida Freud, para responder a pergunta de 1 milhão: porque eu corro?
Para não mudar. Belo disfarce garota!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

TRIOLOGIA DE L.U.V.I

Voltei a triologia da loucura: insônia, Coca Cola e cigarros. Não me orgulho disso, mas olha só: é o que temos no momento.
Já conheço tudo isso, fico acordada até tarde, muito tarde, tomando Coca Cola e fumando loucamente, o que varia é a pseudo-atividades, nesse caso seriados médicos e escrever. Já tive a fase de filmes, livros, diários... whatever. O caso é que em todas as vezes finjo que está tudo certo, que na madrugada eu produzo, "consigo me ouvir" ou aproveito a leitura. Tudo besteira!
Tenho 31 anos, já passei pela triologia umas 10 vezes (por baixo), lembro de morar no interior com a minha avó, devia ter uns 16 anos, todos na casa dormiam muito cedo e eu ficava até as 3 da manhã, com a desculpa de estudar cof, cof, lendo as biografias de Raul Seixas e escrevendo loucamente em um diário. Essa foi uma das minhas triologias da loucura mais longas e marcantes. Por que eu fazia isso? Porque eu estava infeliz por ter perdido minha mãe. Porque faço isso hoje? Porque estou infeliz por ter perdido minha coragem.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Insensibilidade

O céu estava maravilhoso hoje, em tons de azul e com nuvens rosa e púrpura. Havia chovido e o ar estava deliciosamente fresco, com aquele cheiro de chuva.
Eu disse para ele: "Olha o céu amor!
E ele: "Hã?"
Eu: "Olha o céu como está lindo amor!"
Ele parou, voltou, olhou e disse: "Tá azul" e foi embora assistir TV
Sem mais.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

PINEL

"Em nome dos bons tempos..." Acho que essa é uma boa maneira de se começar, acho...
Começar o que sua doida? Eu TREMO só de pensar nisso, fico toda mole, com dor no estômago, mas não penso em outra coisa!!!
Será que acredito que depois disso alguma coisa vai realmente acontecer? Se for isso, já digo pra mocinha aqui que não vai não. A vida vai seguir normal, sol nescendo, almoço, entardecer e noite. Fim.
Essa minha personalidade dupla somada as conversas infindáveis que tenho aqui bem aqui na minha cebeça estão me fudendo. Vou acabar pirando de verdade, babando, com camisa de força, doses de sossega leão em algum quartinho de um pinel qualquer e olha que hospital psiquiátrico é o que mais tem por aqui e meu plano de saúde cobre a internação.
No momento é isso, vou da uma babadinha ali e já volto.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

O INFERNO SÃO OS OUTROS

E aí beleza? Tudo bem? Não sou uma pessoa simpática, ponto.
Não que eu seja uma escrota que olha com cara de poucos amigos, rosna e cospe nas pessoas, nada disso.
Simpatia hoje no meu vocabulário está com a cotação em baixa, porque a minha definição de simpatia parace não ser a mesma que a de 80% da população mundial. Simpatia vem logo depois de empatia, ou seja, se não existe empatia... a simpatia se deu mal por aqui.
Não tenho milhão de amiguinhas, segredinhos, firulinhas, aliás odeio diminutivo e na maior parte do tempo uso isso de forma pejorativa. "Inho" quase sempre me dá nos nervos e tenho vontade de chutar.
Não que meu lado "Rambo" tenha voltado a aflorar, nada diso, me descobri menina e gostei da brincadeira.
O que rola é jamais serei uma menina "inha" com 400 amiguinhas no Face, fotinhas produzidas e deus sabe o que! Não que eu não tenha tentado, ah eu tentei e como!!!
Mas tudo o que eu tento nesse sentido sai num tom de uma atriz canastrona!
Além do que meu senso de humor beira o humor negro, algumas pitadas de um cinismo que carrego desde pequena, voilá! Como eu digo sempre: deu-se a merda...
Sendo assim, hoje não quero mudar, mas me sinto pressionada por um mundo cor-de-rosa, luzes loiras, sorrisos falsos de migúxas de aparelhos ortodonticos, que curtem 'barzinhos com as amigas', sertanejo universitário ou toda a música que faz com que a surdez seja um benefício, além é claro do exemplar mensal da revista Nova!!!! Me sinto como numa bad trip de ácido lisérgico da pior qualidade, uma ciranda de pelúcias, mechas loiras, aparelhos, coelhinhos, uauauauauauau,ai tudo recomeça. Tá foda? Tá sim!
Não quero ser uma vaca cheia de preconceito, não é apenas questão de gosto musical,literário ou mesmo das luzes no cabelo (eu já tive, ok?), é tudo junto e aquela pitada de falsidade que tempera meu inferno particular.
E lá vou eu com meus blá, blá, blás sem fim, me sentindo encurralada, sensível e a merda das merdas pra beleza aqui: incompreendida.

Pode? Pode sim...

domingo, 2 de janeiro de 2011

CESÁREA

Acordei com aquela típica ansiedade. Ela já é minha companheira e me acompanha desde muito cedo. Hoje particularmente eu não sei o que ela está tentando me dizer. Faz algumas semanas que não vou conversar com a minha Freud e estou sem prática com esse lance de buscar o que realmente está acontecendo e que a ansiedade é apenas um sintoma.
Minha cabeça está desordenada e preciso urgentemente colocar meu pensamento em uma cadência decente.
Amanhã, tudo novo de novo. Mas quero ser outra, quero assim como meu livro, trazer essa nova pessoa para o mundo! Nem que seja de cesárea!Pois é assim, empurrando, forçando e abrindo espaço que vou conseguir o que quero nesse ano.
Me sinto naquele filme "300", THIS IS SPARTA!!!!! e bora correr, peitar e buscar na unha.