terça-feira, 7 de dezembro de 2010

QUANDO ACABA, E AÍ?

Tudo o que vejo hoje são histórias de amor, malditas histórias de amor. Na rua, no ônibus, na TV então nem se fala...
Lá estão elas: cheias de personagens repletos de paixão, de abraços demorados e beijos intermináveis, eu disse intermináveis!!! Mas o pior não é isso, o que me faz infartar é a vontade de acertar, de transpor cada obstáculo, seja ele a personalidade do outro, os medos, as manias ou como apertam a pasta de dente. Existe uma disposição digna de maratonistas nos recém apaixonados, estou mentindo?
Não quero ver nossas fotos antigas porque nosso sorriso era sincero, por Deus!
Conversas intermináveis, olhares demorados, nenhum detalhe passa desapercebido.
Mais um pedacinho da minha inveja para os meus 8 fiéis leitores, bam!!!!
Porque além da inveja, fica a dúvida: e depois? quando o tempo passa e a disposição se esvai? o cotidiano se instala na outra poltrona da nossa sala, vai dormir na nossa cama e janta conosco, e aí?
Sempre vai existir aquele que ainda quer muito, agarrado aos sonhos antigos como uma criança com medo do escuro, sempre vai existir aquele que sofre mais, o que fica com as memórias, os cheiros e as cartas. Aquele cujo coração explode de dor porque perdeu o olhar do outro.
Sempre... e eu sou esse outro.
Sem mais

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