quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

" A TEMPESTADE QUE CHEGA É DA COR DOS SEUS OLHOS...CASTANHOS

Nunca fui boa em manter boas relações com os meus ex namorados. Na verdade sempre fui um fracasso...
No final, quando a gente sabe que não existe em que se agarrar, o drama toma conta de mim e saio falando sem o mínimo de bom senso. Também sou um pouco cruel quando estou prestes a chutar o balde. Sempre precisei da raiva para não morrer de amor.
Entretanto tem uma pessoa que há muito eu me lembro com carinho, mas há muito não trocamos um aceno, talvez o único que repousa suave no meu coração já completamente ocupado pelo meu querido. 
Toda história faz parte da época mais difícil e mais bonita da minha vida. Havia perdido minha mãe, mudado de cidade e estava pela primeira vez tentando descobrir quem era eu, de que eu gostava, quando comecei a escrever coisas que vinham de um lugar até então adormecido. Então conheci essa pessoa, que na época teve a disposição e a loucura suficientes para conviver comigo. E foi lindo e louco. Mais louco do que lindo. Syd e Nancy tupiniquim, uma pitada de tragédia, mas com uma boa dose de humor pastelão... porque nossos sobrenomes italianos falavam mais forte. 
Cidade pequena, quem viu conta até hoje, muitas lágrimas, muitos copos e cinzeiros voadores, reconciliações nos domingos quando o céu já estava vermelho.
Três anos disso e acabou, assim, assim, como começou: com um cigarro aceso, olá e adeus.
Não restou nem poeira do que era sentimento, hoje apenas desejo que esteja bem, muito feliz e em paz. O que ficou foi uma frase dita depois de uma briga daquelas, quando tudo era apenas fumaça: 
"Você é a menina mais bacana que eu já conheci". E eu carrego isso comigo desde então, porque foi decisivo, porque foi verdadeiro, porque eu era só uma menina perdida.

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