sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

SEM PONTO FINAL

Estamos aí, primeira semana de aula. Faculdade de Direito, período da manhã, seres de 17 anos como coleguinhas de classe, muito blush, muito glitter. Tô reclamando? Ná, isso não conta, isso é café pequeno.
Quem sabe um pouco da minha vida, sabe que nessa fase da minha vida eu estou encarando o monstro de frente. Com alguns sobressaltos, mas espinha ereta. Opa! E como não?
Ainda não sou eu, ainda não consigo ser. Diante de anos de interferências externas me perdi bem perdidinha, personalidade esquizofrênica, confusa, tentando agradar deus e o diabo. Isso iria acabar bem? Não, não acabou.
E agora? Agora está tudo bem? Ainda não, mas o tombo feio ficou lá pra trás, como tantas outras merdas ficaram. E eu? Eu não, que não nasci pra rastejar nas fezesssssss, não, não essa eu passo. 
Então virou princesa minha filha, tá linda e soberana? Jamais!
O que acontece é o seguinte: sou grande demais para ser invisível, sou boa demais para carregar o estigma de "loser", sou inteligente demais para me calar diante de idiotices e esperta demais para conviver com pessoas fúteis, sou forte demais para deixar um homem mandar em mim e não tão forte que não possa ser carregada no colo. Sou louca o suficiente para entrar em um briga que não é minha, mas minha loucura não dá o direito de ninguém de decidir o que é bom para mim, sou crítica demais para acreditar em contos de fadas, mas especial o suficiente para ser tratada como uma rainha.
Cavei muito até conseguir chegar aqui e não importa o que mais venha tentar me derrubar, me soterrar, me apagar, eu ainda estarei aqui, sem rótulos, sem definição, sem ponto final.

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