Ela ama essa vida, as vezes bandida, as vezes madrinha. A tristeza não gosta dessa menina e quando vem para uma visita nunca fica mais que um dia, a tristeza não dorme com essa menina.
Ela caminha pelo centro, onde se sente mais feliz. Ela para na famosa esquina e enquanto espera o sinal abrir, pede para que a vida seja boa, pede para todos os santos, pede para São Paulo que ela continue viva, continue livre, continue feliz. O sinal abre e ela continua andando, continua forte, porque é isso que importa.
Ela está em casa, abre a porta do apartamento, joga a mochila no chão, senta no sofá e cruza as pernas e olha pela janela, o gato vem, olha e lambe sua testa.
Reconhece seus domínios, coloca as idéias no lugar. Por um momento se lembra que é sozinha, todos somos afinal. Atesta com firmeza que tudo sempre parece confuso, rápido demais, impensado demais e é assim que ela sabe viver.
Ela sorri.
Um comentário:
Ohhh que fofinho a lambida do gatinho! Adoro. Bem lixinha.
Também estou precisando colocar muita coisa em ordem.
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