quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

BAD HAIR DAY

Tem horas que pesa, vixe! Sempre tem tempestade e ok, fico de saco cheio, nada acerta, nem o cabelo! O que sei de hoje é que tudo melhora, tudo explode, vira caos e depois a poeira abaixa e mais uma fase. E não é assim que se vive? Então.
Estrada, esfriar a cabeça, um bom banho e vamos lá: tudo mais claro, opa! planeta girando normal. Resolver o que se consegue, organizar, dar uma boa balançada no cabelo e força na peruca!

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Daqui para o futuro

Descanso, tempo, conversas, coisas novas, bom humor, desencanar. Resumo do que a gente precisa. Com o relógio andando tão depressa, achar um tempo e mudar o que é "de sempre". Vamos fazer, porque são desses momentos que a gente vai se lembrar no futuro.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

NÃO POSSO EVITAR

Aperto meus olhos, mordo os lábios, apertado também está meu coração.
Grandes viagens ao passado esses dias e um balanço que beira a honestidade sobre o que fiz até aqui. Afinal que nunca romantizou o passado?
O fato é que  invejo a capacidade de algumas pessoas em andar em linha reta. Eu invejo o que é previsível, porque jamais serei assim.
Passei dos trinta e não sinto um tiquinho de vontade de me entregar ao caminho, não sinto o menor tesão em fazer o que é mais fácil e mais certo. E não se passa um minuto sem que eu questione as coisas.
Ontem eu ouvi um "deixe de ser assim", mas rapaz, me diga: como eu faço?
Tem alguma receita para deixar de querer se divertir, deixar de sonhar? E para deixar de me arriscar? Se tiver... bom se tiver use você. Eu não posso mais.
Preciso admitir que se cavar um pouco verá debaixo dos meus pés coisas que não gostaria de ver, talvez você desse no pé, mas espere! Você já viu, você já sabe, não é? Viva com isso, viva comigo porque você sabe demais e bem... coisas acontecem.
Viva ou corra para longe, mas não me diga o quanto dei errado, o quanto faço errado. Viva ou corra, porque eu não posso evitar.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

IMPREVISTOS

Veja bem, eu sempre trabalhei com imprevistos, minha vida teve mais disso que qualquer outra coisa. Ok, é emocionante na maior parte das vezes, é desafiador, excitante até.
Mas meu coração não segura mais isso não, não nesse nível, não com essa frequência, ainda que o colesterol esteja em dia, meu pequeno músculo de bombear sangue está cansado.
Culpa dos excessos do passado? Do cigarro talvez? Ainda assim aposto em outros males, em dores que a gente não pode dizer para o médico sob pena de passar por louca.
Perder dói, perder devagar dói, mas abruptamente é muito pior.
E eu cansei de perder assim, pá pum, nem pôquer eu sei jogar.
Quero ter o que é meu, quero cultivar e preservar, ver dar frutos e poder sentar para observar o que plantei.
Emoções fortes... acho que agora só lido com paraquedismo e similares.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

SEM PONTO FINAL

Estamos aí, primeira semana de aula. Faculdade de Direito, período da manhã, seres de 17 anos como coleguinhas de classe, muito blush, muito glitter. Tô reclamando? Ná, isso não conta, isso é café pequeno.
Quem sabe um pouco da minha vida, sabe que nessa fase da minha vida eu estou encarando o monstro de frente. Com alguns sobressaltos, mas espinha ereta. Opa! E como não?
Ainda não sou eu, ainda não consigo ser. Diante de anos de interferências externas me perdi bem perdidinha, personalidade esquizofrênica, confusa, tentando agradar deus e o diabo. Isso iria acabar bem? Não, não acabou.
E agora? Agora está tudo bem? Ainda não, mas o tombo feio ficou lá pra trás, como tantas outras merdas ficaram. E eu? Eu não, que não nasci pra rastejar nas fezesssssss, não, não essa eu passo. 
Então virou princesa minha filha, tá linda e soberana? Jamais!
O que acontece é o seguinte: sou grande demais para ser invisível, sou boa demais para carregar o estigma de "loser", sou inteligente demais para me calar diante de idiotices e esperta demais para conviver com pessoas fúteis, sou forte demais para deixar um homem mandar em mim e não tão forte que não possa ser carregada no colo. Sou louca o suficiente para entrar em um briga que não é minha, mas minha loucura não dá o direito de ninguém de decidir o que é bom para mim, sou crítica demais para acreditar em contos de fadas, mas especial o suficiente para ser tratada como uma rainha.
Cavei muito até conseguir chegar aqui e não importa o que mais venha tentar me derrubar, me soterrar, me apagar, eu ainda estarei aqui, sem rótulos, sem definição, sem ponto final.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

AINDA SOBRE VOCÊ OU ENFRENTANDO LEÕES

Suas duas últimas lembranças intocadas estão comigo. Eu as vesti, apesar do calor, precisava sentir, achei lenços de papel nos bolsos, pensei em como deve ter sido difícil o final, em como deve ser horrível ver a força ir embora.
Suas lembranças hoje são minhas, vou usá-las já que não posso guardar seu cheiro para sempre que a saudades arrancar meu coração fora. Deixa eu te dizer o quanto essa saudade é forte e como meu peito dói quando fecho meus olhos. 
E eu que achei que seria fácil, você bem sabe e me conhece, achei que conseguiria passar por essa como forte. Mas não sou, não agora quando me olho no espelho e vejo você segurando o choro. Quando coloco meus óculos escuros e percebo porque ficaram tão bem em mim, porque eu me pareço com você de uma maneira incrível.
E tem sido difícil, tem sido estranho essa falta. Enfio meu rosto na suas lembranças e tento capturar a sua essência corajosa, mas me faltam forças e me sinto incompleta, estranha e sozinha.
Mas você também bem sabe que tenho meus modos de fazer tudo funcionar, de fazer com que a vida se encarregue de seguir, de encontrar maneiras de sorrir e que como parte de você vou enfrentar o leão de frente. Nós dois sabemos que no final tudo vai dar certo.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

" A TEMPESTADE QUE CHEGA É DA COR DOS SEUS OLHOS...CASTANHOS

Nunca fui boa em manter boas relações com os meus ex namorados. Na verdade sempre fui um fracasso...
No final, quando a gente sabe que não existe em que se agarrar, o drama toma conta de mim e saio falando sem o mínimo de bom senso. Também sou um pouco cruel quando estou prestes a chutar o balde. Sempre precisei da raiva para não morrer de amor.
Entretanto tem uma pessoa que há muito eu me lembro com carinho, mas há muito não trocamos um aceno, talvez o único que repousa suave no meu coração já completamente ocupado pelo meu querido. 
Toda história faz parte da época mais difícil e mais bonita da minha vida. Havia perdido minha mãe, mudado de cidade e estava pela primeira vez tentando descobrir quem era eu, de que eu gostava, quando comecei a escrever coisas que vinham de um lugar até então adormecido. Então conheci essa pessoa, que na época teve a disposição e a loucura suficientes para conviver comigo. E foi lindo e louco. Mais louco do que lindo. Syd e Nancy tupiniquim, uma pitada de tragédia, mas com uma boa dose de humor pastelão... porque nossos sobrenomes italianos falavam mais forte. 
Cidade pequena, quem viu conta até hoje, muitas lágrimas, muitos copos e cinzeiros voadores, reconciliações nos domingos quando o céu já estava vermelho.
Três anos disso e acabou, assim, assim, como começou: com um cigarro aceso, olá e adeus.
Não restou nem poeira do que era sentimento, hoje apenas desejo que esteja bem, muito feliz e em paz. O que ficou foi uma frase dita depois de uma briga daquelas, quando tudo era apenas fumaça: 
"Você é a menina mais bacana que eu já conheci". E eu carrego isso comigo desde então, porque foi decisivo, porque foi verdadeiro, porque eu era só uma menina perdida.