segunda-feira, 26 de março de 2012

NADA É DEFINITIVO DEPOIS DOS 30, NEM RAFINHA BASTOS.

Nada, nadinha pode ser considerado definitivo para uma mulher de 30. Tenho observado esses tempos o quanto, ser radical e definitiva restringe minhas possibilidades. E veja bem, eu sou uma mulher extrema. Seja nos sentimentos, nos gestos, enfim... 
Acontece que agora me sinto no direito de mudar de ideia, de olhar para os dois lados. Peitar a mudança me parece mais difícil que peitar meu radicalismo. Hoje prefiro deixar um pouco a convicção de lado e fazer boas amizades. 
Já tem um tempo que a vida tem me dado uns toques de que tudo tem dois lados e que eternidade é fantasia.
Rafinha Bastos ilustra muito bem essa minha fase: sempre achei bacana, muito, caiu horrores no conceito depois da piada do estupro, mas hoje assisti a uma entrevista sua e repensei totalmente minha opinião sobre o cara. O cara faz merda, eu faço, você também, somos humanos, até aqui todo mundo concorda, né?
Enfim o fato é que quero aproveitar essa fase mais leve, sem o meu general interno me passando ordens (isso, isso mesmo, ouço vozes na minha cabeça, falo sozinha e odeio escuro). E assim, me guiando por essa nova maneira mais flexível, eu continuo, eu sempre continuo, na vida, nos posts, nos meus sonhos.
Não é sempre legal, nem sempre fácil, sem grana, correndo, muitas vezes no automático, eu me ferro bastante. Mas não é sempre, na maior parte do tempo eu continuo a ser feliz e agradecida por não ter nascido uma minhoca.

Um comentário:

Fausto Salvadori disse...

Isso é uma chave para viver a vida de um jeito muito melhor, eu diria. Quero muito chegar a isso. Quase sempre me perco no caminho. Mas eu chego lá.