Não posso esquecer o que realmente sou, do que realmente gosto, não posso mais com essas defesas bestas que me tornam uma pessoa insuportável. Preciso retomar o que comecei há sete anos atrás, buscar aquela pessoa cheia de planos, aberta para as coisas novas, cheia de sonhos, de
idéias novas. Nunca fui maioria, nunca pertenci a grandes unanimidades, e muitas vezes como não andava em "
grandes bandos", exercitava muito minha imaginação.
E não faz muito tempo, acreditava que isso era positivo e a confiança vinha em jatos e as coisas simplesmente aconteciam, estava mais dona do meu destino, confiava em mim e estava certa de que não iria precisar pedir arrego para ninguém.
Não sei onde me perdi, não sei onde perdi minha confiança e deixei novamente o mundo pesar nas minhas costas. Literalmente...
Me recuso a achar que minha existência é apenas isso: a vida de agora com essa repetição de ações, seguida de sessões de culpa, de tentativas em ser apenas mais uma.
Tem muita vida lá fora, tem muita coisa que eu não senti, que ainda não vi porque coloco sempre um muro entre a pessoa que realmente sou e a que eu acho que devo ser. Eu me saboto, eu coloco minas terrestres nos caminhos que decido seguir. E porque?
Passo os dias procurando pequenas coisas para me auto destruir, mas que merda né?
Pior foi viver algum tempo assim, no automático e engolir brejos inteiros em nome de que mesmo???? A troco do que mesmo colega???
Coisas aconteceram aos montes na minha vida e quando tudo parecia tragédia, algo bom nascia.
Desde que me conheço por gente, me apegava a alguma coisa irreal, uma sensação que me dava força para passar por todas as ansiedades, todas as dificuldades, tristezas, decepções e sentia que não podia jamais me deixar conformar com tudo isso.
É hora de voltar a me indignar e hora de voltar a viver.
"Só há duas opções nesta vida: resignar-se ou indignar-se. E eu não me vou resignar nunca."(desconhecido)