segunda-feira, 26 de setembro de 2011

MORTALMENTE

Mortalmente triste, cansada e desanimada. E mais: me sentindo uma grande cagona, paralisada pelo medo, curtindo aquela dor no estômago, tão característica dos cagões. Acuada.
Não sei lidar com certas coisas, e uma delas é a doença do meu pai. Já escrevi sobre ele no blog e até um tempo atrás eu jamais cogitei a hipótese de que ele seria um reles mortal. Meu pai era forte, era saudável, ativo e intocável. E assim, assim uma tosse que não sarava, um mal estar e lá estava ele: um nódulo no pulmão, bem provável um câncer para me dar olá e me esfregar na cara que as pessoas que a gente ama morrem.
Não que eu não saiba, ora bolas, eu já passei por isso, eu já vi isso acontecer com a minha mãe, com a minha avó, meu avô...
Mas meu pai, vai a puta que pariu, esse pai que eu resgatei tem nem dez anos direito, esse doeu, esse está literalmente me fudendo a vida. Me deixando com nó na garganta e como meu pai costuma dizer: "mais perdida que cego em tiroteio".
Tá difícil como nunca foi, tá doendo como JAMAIS doeu. E dessa vez eu não sei se vai passar

Um comentário:

Atitude: substantivo feminino. disse...

Passar, não vai. A gente é que tem de aprender a conviver com a dor de ver quem a gente ama sofrer.
Difícil, querida. Muito difícil.
Deixo aqui apenas as minhas palavras de força. Porque é foda.