terça-feira, 23 de agosto de 2011

O QUE A MOCHILA TEM A VER???

Mochila pesada essa minha, acaba com a minha coluna e faz com que os três andares até meu apartamento se tornem um tormento diário.
Mas é nela que moram minhas coisas mais preciosas, ela é uma extensão do que eu sou. Meu computador tão desejado bem acomodado dentro de sua capinha colorida que é para não perder a doçura, falando em doçura lá dentro estão meus chocolates para dias tensos e meus pirulitos que é para parar de fumar. Meus cadernos que misturam anotações de todos os trabalhos e projetos que eu me meto a fazer com meus textos cheios de pretensões literárias. Minhas passagens de bus estão lá, bilhete único? Confere. Chaves de casa? Confere. Celulares? Confere. Tenho comigo minhas maquiagens que é porque agora sou menina e cada lápis que passo nos olhos confirmam isso, que fique claro como a minha base.
Tem como não ser pesada? Eu ainda acho que o que mais pesa não é quantidade de coisas que estão nela, é a quantidade de expectativa que coloco todos os dias dentro dela quando viajo quase 100km para trabalhar, e é nela que viajam juntos: meus sonhos, meus medos, minhas angústias, tristezas, dúvidas, alegrias e esperanças. É ela, a mochila, que aperto forte quando penso nos meus planos e a dúvida chega para me fazer vacilar. É ela que chacoalho forte nas minhas costas quando estou feliz e confiante. É ela que carrego em uma alça apenas quando estou me sentindo bonita.
É a tal que representa, com sua garrafinha de água e suas revistas e papéis dependurados para fora a minha vontade de continuar caminhando.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

JOELHO DE PORCO

Passei um bom tempo cuidando dessa minha mente altamente problemática, mas no momento cansei, cansei de pensar, de analisar, de sentir, cansei.
Preciso me mexer, no sentido mais literal possível. Preciso ser mais disciplinada, preciso parar de fumar e de beber doses cavalares de Coca-Cola, por deus eu preciso cuidar desse corpo porque o tempo está passando e eu estou embarangando. E ai eu me olho no espelho vejo as coisas deteriorando e o que faço: penso!
Porra pensar não vai adiantar, o momento é de ação. Não posso pensar e comer pastel, isso é insano...
Vou ali ver uma academia e volto quando meus joelhos deixarem de se parecer com os de um porco.
Obrigada.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

VOZES?

Aquele bichinho da indecisão me picou. Como quem não quer nada, passei a questionar certas coisas na minha vida e acredito que isso de qualquer maneira não vai terminar muito bem, ou vai. O que eu sei é que esses questionamentos são livres de qualquer mágoa, sentimento de vingança ou qualquer dessas coisas que só atrapalham uma decisão.
Não é isso, é uma coisa serena, quase que uma voz me dizendo que é o momento de mudar algumas coisas. E eu que não tenho a menor intimidade com o que é sereno, as vezes fico tentando desesperadamente obter respostas para ontem!
Mas não é assim que funciona, nã, nã nina não. Então eu deixo rolar e quando a voz fala comigo eu escuto e arquivo.
Sei que parece estranho pra cacete isso: Vozes, oi? Esquizofrenia modo on. Serenidade, oi? Desde quando, né? e o mais surpreendente é me sentir leve de sentimentos escrotos, porque olha só, eu gosto de ser escrota quase sempre, mas dessa vez...nada.
O que quer que aconteça eu sei que estou fazendo da maneira certa e pelos motivos certos;

terça-feira, 9 de agosto de 2011

THE DOG DAYS ARE OVER

Conversando com um amigo hoje, falei dos problemas que estão rolando e ele me disse: "deve ser difícil passar por isso se apoio", mas sabe, antes de mais nada não estou sozinha nessa não. Ah não, a pessoa que levava tudo sozinha e achava que estava abalando, que era a forte, que NÃO CHORAVA, essa já foi.
O que esse meu amigo não percebeu naquele momento é que ele estava me apoiando enquanto ficava lá lendo o que escrevia. Meus amigos hoje tem o seu espaço, apesar de que ainda não sou tão sociável, mas vamos por parte... easy baby.
Quando dói eu choro, opa e como não, choro mesmo. Odeio, mas faço porque meu corpo não merece mais ficar cheio de merdas tóxicas. Eu deprimo (por 1 min ou 2), mas deprimo, eu tenho mal humor, eu canso...
E acima de tudo eu me apoio cada vez que dou espaço para tudo que é simplesmente humano em mim e que eu sei que tenho dificuldades com tudo que for HUMANO e não HEROICO.
Não sou super nada, não fiz nada extraordinário e se eu mereço um naco no céu foi por adotar mais um gatinho e é só.
Já faz uns dias, uns bons dias que sinto um misto de euforia e tristeza, sinto que coisas vão acabar, sinto que vai ser triste, mas sinto também que minha hora é agora, preciso agarra certas oportunidades. Já deixei passar tanta coisa por medo, por amor, por outras pessoas. Não sei...
Sinto algo me cutucando para agir e sinto que esse movimento será minha virada.


O que fiz de bom e ruim é reflexo da minha humanidade.