sexta-feira, 24 de junho de 2011

O MAIS OU MENOS É QUE MATA

Tudo certo, tudo azul na América do Sul...
O foda para alguém como eu não é lidar com os problemas, ná, ná nina não. Não é lidar com a felicidade, é lidar com o mais ou menos, com o cotidiano, o meia boca, o de sempre. Isso me mata.
E oi? A vida é 90% feita desses momentos. Como é que faz então? Então aprende né nega, aprende que a vida não é um show de drag, não é um musical da Brodway e por ai vai.
E eu vou, tentando todos os dias treinar meu olhar para alguma coisa extraordinária.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

SEM RETOQUES

Hoje nada mais, hoje quero ficar aqui, hoje senti que esse lugar é um lar, meu e seu. Hoje quero isso, a vida real, rostos amassados de sono, vozes roucas e cheiro de café. Hoje os pelos do gato estão por todo o nosso tapete e tem muita louça suja na pia. As plantas precisam de água e as janelas de uma limpeza.
Hoje é assim, é aqui, descalça e de pijama, esperando você chegar.
É aqui onde eu sei andar de olhos fechados, é aqui que eu me escondo do mundo, me desfaço dos meus pensamentos malucos e aqui que eu escolhi para viver.
Ler uma revista antiga, fumar um cigarro, me perder na TV.
Esse é o território que me importa, e é essa vida que eu quero viver.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

PARA DENIS

... e tudo começou de uma maneira inusitada, uma história de amor, um conto de fadas moderno. De moderno, porém, apenas isso. O sentimento é o mais antigo de todos os tempos, já cantado, feito poesia, feito arte desde o início do mundo. Quanta excitação ao descobrir que havia alguém para compartilhar os meus pensamentos mais ocultos, quanta felicidade ao perceber que acontecia comigo naquele ano de 2003, algo que sonhei desde menina, mas por achar que jamais conseguiria ter algo assim, nunca tive coragem de admitir nem para mim mesma.
Sonhamos juntos um futuro que chegou, ninguém nos ensinou como fazer depois do “felizes para sempre”, não era para ser apenas divertido? Não foi e então novamente juntos ultrapassamos essa barreiras, fui princesa, bruxa, rainha, boa e má. Fui felicidade e dor para você, foram dias coloridos e dias sombrios, de risos e lágrimas, o que você mais quis por perto e o que você quis longe.
Qual a cola que nos une? Posso arriscar dizer que é o amor, não qualquer um, mas esse sentimento antigo, bem careta, bem piegas até. Amor para todos os tempos, amor de doer o coração, de tirar a fome e o sono, amor de fazer a alma refletir no olhar... E me deixe falar do seu olhar, que já me viu com medo e com coragem, me viu quase desistindo e também persistindo, me viu feliz e triste, bela e feia, mas quando brilha para mim, torna a vida mais simples.
Nossa história ficará sempre em mim, mais profunda e duradoura que uma tatuagem, esse amor de nem sei mais quanto tempo, pois acho que já te amava antes, bem antes de te ver pela primeira vez.
Então é isso amor, o “ felizes para sempre” a gente faz a cada dia, os meus monstros mais feios você já conhece, mas eles estão por hora adormecidos, o melhor de mim é o que quero te mostrar, cada dia um pouco mais.
Todo amor que houver nessa vida...

terça-feira, 14 de junho de 2011

FAZENDO UM CHÁ

Descer do ônibus na estrada, atravessar a passarela, fumando e ouvindo Ramones, cantar alto, andar depressa, vento muito frio e centenas de carros na rodovia. Chegar no prédio, correr pelas escadas, dar oi ao gatinho que puxa meu rosto para perto dele com a patinha. Quer me cheirar, saber por onde diabos andou sua dona.
Andei por ai felino, pela fumaça, pelos túneis do metrô, andei para longe no pensamento. Fui mais um dia ser feliz. Fui com o básico, me vesti de preto, escrevi emails, dormi e sonhei.
Falei com quem eu amo, pensei em quem eu amo. O felino não se atém mais as minhas histórias, está encantado com um pernilongo no canto da sala.
Fumo um cigarro e observo as nossas paredes, é bom demais aqui! O gato mia como quem concorda. E como haveria de dizer o contrário: somos nós aqui, nós três, um pequeno mundo, cheio de lembranças, de sonhos e coca cola. Aqui fomos nós quem fizemos, aqui calor, frio, gritos, sorrisos, cheiro do seu banho.
Nada fica em ordem, não é na ordem que se constrói alguma parede de afeto, é no caos, não é planejando é fazendo agora, hoje.
Fazendo um chá para quando você chegar...

segunda-feira, 13 de junho de 2011

PARA OS AMIGOS DE ONTEM E DE HOJE...

Novos ares, novos amigos, novas conversas... Estava precisando de renovação. O frio desse final de semana me trouxe boas surpresas e me fez refletir sobre meus amigos, os de hoje e os de ontem.
Não sou boa em agregar, tenho uma certa preguiça de me relacionar, marcar cafés, jantares, cineminhas e baladas.Sempre fui meio solitária, viciada em TV, sempre dialoguei maravilhosamente bem comigo mesma. Mas acho que deu essa fase. Meus amigos das antigas já sabem dessa maneira Ogra de viver...
Primeiro porque isso é de um egocentrismo ridículo, segundo porque quando estou "entre os meus" me sinto bem, terceiro porque a vida é enorme, é gostosa e é uma só.
Quero quem eu gosto pertinho de mim. Quero trocar, acho que agora eu consigo, acho que agora não preciso mais manter meus monólogos mentais enquanto assisto CSI na TV.
Que venha o inverno, a friaca, os dias mais curtos, pode chegar porque vou estar aconchegada com aqueles que amo!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

TÁ RUIM, MAS TÁ BOM

Eis que eu tô me sentindo a covardona da vez. Cagona, franga, arregona, medrosa... sinônimos please!
Mas tá bom né? Minha Freud diz que o medo é uma forma de defesa, que a gente faz menos merda. Então vou continuar assim, arisca como um gato. Porque, vide post anterior, gato escaldado...
Bronquite atacando geral = somatização??? Ok, mas o remédio que eu tomo me deixa como um peru viciado em crack, tá bom procê? A parte boa é que os antialérgicos incham um tiquinho e assim eu consigo completar a calça jeans. Momento Pollyana.
Porque tá ruim, mas tá bom. Tenho alguém que me pergunta se estou respirando bem, diz que me ama ainda e muito e estamos ai tentando. Quem falou que era fácil? Me diz se é fácil olhar um par de olhos verdes e não amolecer? Sabe, tá frio, tem 8 anos, tem as risadas, tem a admiração.
Também tô com grana, pouca, mas melhor que antes quando contava moedinhas.
Ná, ná, ná, não tem do reclamar não. Tô assim porque os remédios me deixam perturbada!
Bêje, vou focar e já volto!

sexta-feira, 3 de junho de 2011

A PORTA

Ela fechou a porta e as lágrimas brotaram em seguida. Sentou na cama e percebeu um movimento na maçaneta, se recompôs, abriu a porta, não era ele. Fechou a porta outra vez.
As lágrimas incontroláveis e inexplicáveis... Se olhou naquele espelho imenso e percebeu que essa não era a primeira vez...