segunda-feira, 18 de abril de 2011

SER

E eu que passei  muito tempo me fazendo de fortona e com cara de cuzona, pagando de "a muralha", me vejo precisando das pessoas, e não é precisar no sentido de abrir o pote de azeitona é precisar emocionalmente, vejam só. Eu que era dada a opiniões certeiras, irreversíveis e contundentes, tenho que admitir que ponderar as opiniões, voltar atrás é preciso e bacana.
Eu que acreditei que de amor se morre, hoje vejo que de amor se vive, se não se tem amor aqui, vamos bsScar acolá e a vida segue. Quase sempre com sol na alma, alguns mergulhos em dias sombrios para tocar os pés na realidade. A vida não é assim ou assado, ela é o que queremos. Os que pensam que é, pararam de jogar esse jogo, desistiram e aguardam pacientes que a vida seja. Para jogar esse jogo é preciso se indignar, exasperar, gritar, inconformar, lutar, rir, chorar, mudar... Mudar é essencial, jogada mestra de quem consegue ver lá longe. E eu que achei que o que eu era, eu sou e seria, agora vejo que posso ser quem eu quiser....

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Nova fase da vida se solidificando. Novos trabalhos, novas remunerações, novas perspectivas. No fundo eu sabia que me reinventar sempre seria a melhor coisa a se fazer. Morte e renascimento sempre fizeram parte da minha jornada, em alguns momentos eu desanimei, achei que realmente havia enfiado minha vida na merda. Chorei horrores, me arrependi das decisões, mas sempre depois que o desespero passava, eu sentia que as coisas iriam tomar um rumo bacana.
Tive sorte? Sem dúvida eu tive. Uns chamam de sorte, outros de proteção, eu? Bom eu acredito em tudo, sempre tive fé e o Deus que eu acredito é barbudinho, bonzinho e tem coisas mais importantes para administrar do que cuidar dos meus pecados passados e presentes, mas quando eu peço para que ele me diga o porque das coisas, ele sempre me encheu de esperança. Fé é isso.
Mas... sorte a parte, eu batalhei por isso, eu me mantive atenta, procurei deixar minha mente sadia, e corri atrás de tudo, trabalhei em todos os lugares possíveis, enfrentei dias bem ruins, como quando acordava as 4 e meia da manhã e ficava na estrada esperando meu ônibus chegar. Nos lugares onde trabalhei aprendi muito, mas também fui humilhada, passada para trás e como aconteceu recentemente, um merdinha deu o start para a minha demissão. Ressentimento? Não tenho. Tive raiva, chorei de ódio por ser tantas vezes tão passional e inocente para algumas coisas. Aos que me foderam? Nada, a vida tá ai.
E a minha vida hoje, enfim vale muito.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

INVEJA

Estou lendo um livro do Zuenir Ventura - Inveja Mal Secreto. Desnecessário dizer qual o tema, né?
O mais interessante nesse livro são as pesquisas que o autor fez sobre a inveja e a maioria das pessoas diz que não sente inveja, mas que são alvo desse sentimento... cof, cof, sei.
Quanto mais eu leio sobre isso mais eu me sinto uma "estranha no ninho" e percebo o porque desse sentimento de inadequação. Eu costumo, em várias situações, falar abertamente do que eu sinto e confesso que tenho mais facilidade quando se trata dos sentimentos negativos: se alguém me faz o mal, eu desejo o mal para ela, quero que ela caia e quebre o dente da frente, sinto ódio, sinto raiva e se sinto inveja de alguém eu falo e não me venha falar em "inveja branca" que pra mim isso não cola, não. Inveja é inveja, e quando ela bate, ai sai de baixo. Não é uma coisa que eu me orgulhe, mas acontece.
Ainda acredito que pior do que sentir as coisas é negá-las, e assim tentar mascarar nossa realidade, nossa verdade.
Li certa vez em algum lugar que se usamos máscaras por muito tempo, quando tentamos removê-las é impossível sem que nossa pele saia junto.
Essa sou eu, o mais verdadeira possível...

quarta-feira, 6 de abril de 2011

OBRIGADA

Ai que eu não me aguento quando alguém cometa um post meu. E foi o que aconteceu hoje. E sabe, fico mais feliz ainda porque quem elogiou tem trocentos seguidores, escreve muito bem e com uma frequencia bacana.
Eu ainda patino, sem saber se reclamos demais, se me faço entender. Enfim...o que conta é que esse elogio me fez muito bem.

terça-feira, 5 de abril de 2011

O CENTRO E EU

Sabe, o centro de São Paulo me faz uma pessoa melhor. Hoje dei uma bela caminhada pela Av. Ipiranga e meu ânimo é outro. Lá tem de tudo, engravatados, mendigos, boys, putas, secretárias, vendedores, pesquisadores, operários, modernos, caretas e claro: o cheiro, que mesmo vendada, saberia que estou em São Paulo, só de sentir o cheiro.
A vida vejam só, deu uma nova guinada e voltou a sorrir. Lindo né? Também acho, mas como sou desconfiada... sempre tenho medo de voltar para o lado negro da força. Vibrando de felicidade e cagando de medo. Essa sou eu hoje.
Mas se engana quem pensa que é só isso, flores e tals. Ainda me irrito com o ser humano, ainda odeio uma pessoa sem conhecê-la, apenas pela foto do Facebook, maravilha não? Meu humor negro anda a mil por hora, não consigo me conter. Continuo ácida, continuo pirada, continuo oscilando, continuo correndo atrás não sei de que...

segunda-feira, 4 de abril de 2011

SOBRE TRABALHO, CORAÇÃO E DINHEIRO

Com tantas novidades, horários e coisas para fazer, fico bem perdida e um tanto paralisada. Quando recomeço minha vida, jogo fora o que não preciso mais, entretanto algumas coisas eu não posso simplesmente descartar e o grande lance hoje é conseguir encaixar as coisas em seu lugar: o novo e o antigo, preciso arrumar um lugar para cada um deles.
Quando paraliso assim, segundo minha Freud, não produzo nada além das minhas tarefas diárias: não escrevo no blog, não escrevo meu livro, não faço caminhadas, enfim, não encontro espaço para o que está fora do "profissional". Em tempos assim, meu dia parece pequeno, minha vida parece pequena para acomodar tantas coisas, tantas "eu"...
Meu coração por sua vez, continua querendo o melhor, mas ainda se sente abandonado e as vezes eu penso se um dia vou voltar a sentí-lo tão pleno como em outros tempos. Isso, apenas com o tempo.
Esses assuntos sentimentais ainda me afetam,claro, mas não como antes em que dominavam toda a minha vida. Não sei se isso é fruto de um endurecimento emocional, ou apenas equilíbrio. O segundo, eu espero.
No mais, ainda as voltas com a minha vida financeira. E essa questão só depende de mim.