segunda-feira, 29 de março de 2010

SP, TOM CRUISE E TRAIÇÕES

Agora que trabalho em SP, viajo todos os dias, o que significa: dormir pouco, passar umas 5 horas no trajeto, trânsito e muvuca, mas também faz com que a cada dia eu me depare com um personagem diferente nessa loucura que é a cidade, que é a vida. Estava sentindo um comichão em falar sobre isso no blog, mas um dia é cansaço, outro o trânsito. Desculpa para não fazer eu sou mestre em arrumar. Mas estou aqui agora e vamos lá:
Segundas feiras são normalmente dias tumultuados e cheio de atrasos, mas hoje, especialmente cheguei super cedo em SP e tive uma viagem muito boa (dormindo - eu durmo sempre na ida), meu mp3 estava com pouca bateria, então não ouvi música no metrô, lembrei da formatura do Ogro no último sábado.
Saí do metrô e andei depressa para pegar o buzão até o trabalho. No caminho, já esmagada dentro do ônibus, olhei pela janela e vi um senhor de não mais de 50 anos vestindo uma blusa com o rosto, atentem para o fato, o rosto do Tom Cruise estampado gigantescamente!!!
Aquela camiseta foi meu sonho de consumo em um passado distante, quando eu tinha 10 anos e Top Gun bombava como filme de ação. Tom ainda era galã, e não um baixote doido como agora...
A cena, surreal, me fez rir muito sozinha, mais muito e é o tipo de alegria que não se pode dividir, é uma piada interna.
Durante grande parte do dia acalentei o sonho de chegar cedo em Soro e ir treinar, mas às 5 da tarde o céu desabou = fudeu minha volta!
Peguei a lotação, apertada pensei, mas pelo menos chega rápido.
Logo que entrei conheci uma mulher muito bonita, e muito mais muito mais jovem do que consta sua data de nascimento. O tema da conversa: Traição.
Mais uma em duas semanas, três mulheres de meia idade, bonitas, produtivas traídas pelos maridos com quem viveram duas décadas ou mais. Quanto as amantes não achei um consenso: algumas eram mais velhas, outras mais feias, outras virtuais... enfim.
O fato é que conversar com essas mulheres não me deixou revoltada com os homens, muito menos com a pulga atrás da orelha, ao contrário me trouxe paz.
Explico: o mundo delas certamente deu uma grande reviravolta, para dizer o mínimo, mas elas seguem trabalhando, cuidando dos filhos, comendo, bebendo, dormindo.

Fica aí a dica para quando eu achar que minha vida acabou...